ALZAMIR CARDOSO - CARNAUBAIS/RN

Vídeo: Mulher grávida tenta pular de janela para fugir das de agressões do marido


 Vizinhos conseguiram gravar os momentos de desespero vividos por Maria José, de 35 anos, ao tenta pular da janela para fugir das agressões do marido.

O soldador e motorista de aplicativo Vitor Batista, de 32 anos, foi preso por agredir a mulher grávida de três meses em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, nesta terça-feira (14).  Nas imagens, a vítima chega a tentar pular a janela.

Na Delegacia de Atendimento à Mulher, Vitor alegou que era “apenas uma briga de casal”.

Maria José contou que apanhou com frequência, ao longo de toda a relação de quase dois anos. Em maio, para fugir da violência, ela disse que se jogou da janela do apartamento no segundo andar — cena quase se repetiu, mas agora registrada pelos vizinhos.

“Ele tinha ciúme e era muito possessivo, não me deixava ir para rua, só para o trabalho. Inclusive perdi meu emprego. No que ele me agredia, eu ficava marcada e não podia trabalhar. Eu inventava desculpas, porque eu ficava dentro de casa”, conta Maria José.

Segundo a polícia, a ação dos vizinhos foi fundamental para a prisão do agressor.

Pedido de socorro em papel

Na segunda-feira (13), Maria José chegou a atirar um papel com um pedido de socorro pela janela. O agressor viu e disse que iria matá-la, segundo a delegada Fernanda Fernandes, da Deam.

“Ela disse que já vinha sofrendo agressões durante a semana, mas que ontem ele teria agredido o filho dela e começou uma discussão. Hoje essa discussão continuou e o autor agrediu ela novamente. Ela tentou se jogar novamente da janela para fugir dessas agressões”, disse Fernanda.

“Talvez se os vizinhos não tivessem denunciado, filmando, a vítima não teria sobrevivido”, completou a delegada.

Maria José afirmou que acreditava em uma mudança de comportamento do companheiro.

“A gente sempre acredita que a pessoa possa vir a mudar, só que o tempo continua a agressão, e a ficha vai caindo. E só piora. Eu não tinha coragem. Eu tinha vergonha”, disse a vítima. Com informações do G1/Rio de Janeiro.

Você não está sozinha

Se você ou alguma mulher que você conhece está sendo afetada por violência doméstica e/ou de gênero e precisa de apoio, você não está sozinha. Ligue para o 180, a Central de Atendimento à Mulher do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.







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