Sem credibilidade: Até o Governador do RS desaprova as atividades de Bolsonaro, ninguém acredita mais no presidente 

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), rebateu hoje uma declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a gestão dos recursos enviados pelo governo federal para combater a pandemia da covid-19 no estado gaúcho.

Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Leite disse que Bolsonaro "muito fala e pouco governa". A declaração do presidente aconteceu ontem, em entrevista ao jornalista José Luz Datena, na Band.

"Tem estados como o Rio Grande do Sul, por exemplo, que estava com três meses atrasados com sua folha de pagamento e o governador Leite botou em dia a sua folha de pagamento e esqueceu da saúde", acusou Bolsonaro.

Leite respondeu que não usou qualquer recurso da covid-19 para regularizar a folha de pagamento dos servidores públicos estaduais. "Infelizmente tenho que parar um pouco as atividades para responder e esclarecer, lamentavelmente, agora quem muito fala e pouco governa. O salário dos servidores e pagamentos a fornecedores foram colocados em dia no Rio Grande do Sul porque tivemos a coragem de promover as mais profundas reformas dos últimos 30 anos", disse.

O governador tucano acrescentou que realizou reformas em âmbito estadual "que o presidente da República não teve coragem de fazer no plano federal".

"Nós diminuímos em mais de R$ 700 milhões a folha de pagamento do estado, fazendo a mais consistente reforma da previdência de todos os estados e uma reforma administrativa que cortou vantagens e benefícios de servidores de todos os servidores, o que o senhor presidente da República não teve coragem de fazer no plano federal".

Leite concluiu lançando um "desafio" a Bolsonaro. O político pediu que o presidente indicasse qual recurso enviado para combater a pandemia deixou de ser aplicado.

"Senhor presidente, pelo menos tenha a coragem de aceitar o desafio: qual o dinheiro foi enviado para a saúde e não aplicado na saúde do Rio Grande do Sul? Agora, quando enfrentamos um período crítico, ao invés de ofertar ajuda, o presidente nos oferece ataques? Pelo menos fundamente o seu ataque", finalizou.