Prefeitura de Paraú prestes a quebrar por causa de sucessivos bloqueios judiciais
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E em um breve levantamento, contra o município ainda tramitam processos que totalizam R$ 600.000,00 dentro da sequencia dos bloqueios previstos. Caso essa situação perdure, estarão comprometidos pagamento de servidores, iluminação pública, duodécimo para a Câmara Municipal e manutenção dos serviços básicos.
Segundo a prefeita, apesar das dificuldades naturais, a Prefeitura vinha mantendo várias ações de atendimento à população e ainda desenvolvendo pequenas obras em atendimento as necessidades do povo. Agora, todo esse trabalho está comprometido.
Crise municipal provoca renuncia do prefeito de Rodolfo Fernandes
A prefeita informou, ainda, que a assessoria jurídica está procurando reverter esse quadro, mas não tem conseguido êxito. “Estamos apelando às autoridades buscando socorrer o nosso município, pois estamos com muita dificuldade de atravessar esse momento que já está difícil devido à pandemia”, lamentou a prefeita, afirmando que sua intenção seria pelo menos manter os serviços básicos.
No início deste mês de março, o então prefeito de Rodolfo Fernandes, empresário Francisco Wilton Monteiro, Lilito, renunciou ao comando município, após dois meses no cargo. Na carta renuncia entregue à Câmara Municipal, ele justificou a renuncia exatamente em razão da situação econômica do município.
Ele frisou que apesar de ter recebido a missão de “defender os interesses coletivos, a vida, a saúde e o bem-estar do povo de Rodolfo Fernandes”, teme não ter os “meios financeiros, orçamentários, operacionais e humanos para cumprir essa tarefa” e causar decepção. Assumiu o cargo o vice-prefeito Flávio de Tico, que vem tentando tocar a administração.
Diferente de Rodolfo Fernandes, além da situação econômica adversa, em Paraú, os bloqueios judiciais estão literalmente inviabilizando qualquer ação municipal. Uma das preocupações da prefeita Maria Olímpia é com a necessidade de manter a regularização das certidões para que o município esteja apto ao direito a recursos que exijam essa regularização das contas públicas.
Na semana passada a Confederação Nacional de Municípios (CNM) alertou, por exemplo, sobre a proximidade do prazo final para preenchimento do Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir).
Os gestores municipais têm até o dia 30 de abril para o procedimento do Sinir do ano base 2020, conforme Portaria do Ministério do Meio Ambiente. O preenchimento é necessário para os municípios recebam recursos financeiros do ministério destinados a empreendimentos, equipamentos e serviços relacionados à gestão de resíduos sólidos, incluindo recursos de emendas parlamentares.
“Estamos à beira de um abismo”, exclamou a prefeita Maria Olímpia, mas ao pedir a compreensão da população, reafirmou o compromisso de, mesmo na adversidade, continuar lutando com otimismo para mudar esse quadro de desolação.
Fonte:Deolhonoassu
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