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Presidente Bolsonaro mentiu mais uma vez sobre o 13 do Bolsa Familia: Disse Rodrigo Maia



O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira (18), em discurso na tribuna do plenário, que o presidente Jair Bolsonaro mentiu e que o governo federal é responsável por não expandir o programa Bolsa Família.

Maia deu a declaração após Bolsonaro acusá-lo de não colocar em votação o pagamento da 13ª parcela do Bolsa Família. Como presidente da Câmara, cabe a Maia o comando das pautas de votação da Casa.

De acordo com Rodrigo Maia, a MP não foi votada porque o próprio governo não queria que o texto fosse aprovado.

"O episódio, mais um episódio ocorrido no dia de ontem [quinta-feira], quando infelizmente o presidente da República mentiu em relação a minha pessoa. Aliás, muita coincidência, a narrativa que ele usou ontem, com a narrativa que os 'bolsominions' usam há um ano comigo em relação às MPs que perdem validade nessa casa. É a mesma narrativa”, afirmou Maia.

O Palácio do Planalto informou que não vai comentar as declarações de Maia.

Nesta quinta-feira (17), na transmissão ao vivo semanal pelas redes sociais, Bolsonaro disse que Maia era o culpado pelo fato de os beneficiários do Bolsa Família não terem recebido a 13ª parcela do benefício desse ano.

"O 13º do salário do Bolsa Família: não teve este ano porque o presidente da Câmara deixou caducar. Cobra do presidente da Câmara", disse o presidente.

Maia usou o discurso na tribuna da Câmara para dar uma resposta a Bolsonaro. Antes, Maia decidiu colocar em pauta uma medida provisória que prorrogou o pagamento do auxílio emergencial, incluindo nela o pagamento do 13º do Bolsa Família em 2020.

“Já que o governo quer o 13º do Bolsa Família, vão poder defender a medida na MP do auxílio”, disse o presidente da Câmara ao blog de Andréia Sadi.

Aliados do Planalto consideraram a decisão de Maia uma retaliação à declaração do presidente e passaram a articular a retirada da matéria de pauta para evitar desgaste político para o governo.

No discurso, Maia ressaltou que a articulação para retirar o texto de pauta mostrou que é o governo que não quer votar a expansão dos programas sociais.

"Eu precisava fazer o meu discurso para resguardar a imagem desta Casa e da minha presidência. Porque amanhã a narrativa vai deixar de ser do 13º do Bolsa Família, e ele vai dizer que fomos nós que acabamos com o auxilio emergencial porque não votamos a MP", afirmou Maia.

Fonte:g1

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