Fim do casamento: Moro pede demissão e causa mais uma baixa no governo Bolsonaro
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, pediu demissão do governo hoje pela manhã. A demissão foi motivada pela troca no comando da Polícia Federal. Um casamento que chegou ao fim, tudo começou muito antes de Bolsonaro ser eleito, Moro então Juiz Federal na época estava á frente da Lava Jato e nesse período sempre se demonstrou contra o Governo Dilma, investigando o governo a fundo dando uma enxurrada de liminares contra o governo na época. Antes mesmo de Bolsonaro assumir o mandato Moro já estava cotado e foi escolhido para assumir o Ministério, se contrariando diante de tudo pra pregava e de todos como também de suas atitudes como juiz federal já que o mesmo relatava que jamais entraria na política desde então sua postura foi colocada em dúvida e o mesmo passou a não ter a confiança mais do povo brasileiro. O fato é que passados pouco mais de um ano á frente do Ministério Moro não resistiu a pressão de ser um político e pediu demissão. Veja o que ele disse:
“Disse ao presidente que não havia problema em trocar o comando da PF. Mas para isso era necessário uma causa, um motivo concreto”, disse o agora ex-ministro. “Não é a questão do nome. Há outros bons nomes. O problema da troca era uma violação da promessa de que eu teria carta branca. Em segundo lugar não havia causa para a troca. E haveria interferência política na Polícia Federal”, disse Moro.“Falei ao presidente quer seria uma interferência política. Ele disse ‘seria mesmo’”, afirmou Moro. “O presidente me disse que queria ter uma pessoa da confiança dele, que ele pudesse ligar, obter informações. E esse não é o papel da Polícia Federal. As investigações têm que ser preservadas”, afirmou. “O grande problema não é quem entra, mas por que entra”, afirmou Moro.“Busquei uma solução alternativa para tentar evitar uma crise política durante a pandemia. Mas entendi que não podia deixar de lado meu compromisso com o estado de direito”, disse. “A exoneração é um sinal de que o presidente não me quer no cargo”, afirmou.
Moro lamentou precisar fazer pronunciamento durante pandemia. “Queria ao máximo evitar que isso acontecesse; mas aconteceu. Não foi por minha opção”, afirmou. Ele abriu o pronunciamento relembrando a carreira e ressaltando a importância da Operação Lava Jato. “Antes de assumir o cargo, fui juiz federal por 23 anos, tive diversos casos criminais relevantes e desde 2014 tivemos em particular a Lava Jato. Que mudou o patamar de combate à corrupção no país. Aquela grande corrupção, que em geral era impune, esse cenário foi modificado”.
“Foi me prometido na ocasião carta branca para nomear todos os assessores, inclusive dos órgãos policiais, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal”. O agora ex-ministro afirmou que entende as críticas que recebeu e que seu objetivo principal era o “combate à corrupção”.
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